Cherreads

Chapter 2 - 2: A Contract in the Void

Bryan sentiu sua consciência se esvair naquele momento final, enquanto o sangue se esvaía de seu corpo e encharcava o chão frio do escritório. Uma última pergunta ecoou em sua mente, quase como um sussurro inaudível: Minha alma irá para o inferno depois de tudo o que fiz...? Se ao menos eu tivesse poder suficiente...

O gosto metálico de sangue não incomodava mais seus lábios; a dor se tornara um sussurro distante. Ele não sentia mais as mãos, as pernas ou o tronco. Sua visão era consumida por uma escuridão cada vez mais profunda e, antes que a última centelha de vida se apagasse, Bryan só conseguia se lembrar da expressão vazia de Byron, o traidor que lhe tirara tudo sem remorso ou hesitação.

Então, tudo se tornou nada.

Era como acordar de um sono sem sonhos em um lugar onde o tempo simplesmente não fluía. Não havia cima ou baixo, luz ou escuridão — apenas um vazio absoluto, uma extensão infinita onde até mesmo o conceito de existência parecia sem forma. Por um instante, Bryan não conseguiu dizer se ainda era ele mesmo ou apenas uma partícula insignificante de consciência vagando pelo abismo.

De repente, sentiu uma leve vibração, como se algo imenso estivesse prestes a tomar forma. Uma fissura, quase imperceptível a princípio, rasgou a vastidão silenciosa. Em segundos, a fenda se alargou a uma velocidade avassaladora, estendendo-se além do que seus olhos podiam perceber. Atordoado, Bryan tentou se concentrar em um ponto de referência, mas não havia nada além da fenda em expansão.

No instante seguinte, a fissura revelou uma figura colossal sentada em um trono de rocha negra. Era tão imensa que seu tamanho rivalizava com o de uma montanha. Vestida inteiramente de preto, vestindo o que pareciam ser trajes cerimoniais, o capuz da figura obscurecia a maior parte de suas feições medonhas. Não fosse pelo crânio luminoso exposto, Bryan poderia ter pensado que se tratava apenas de um homem extraordinariamente alto. Mas a luz violeta pulsando em seus olhos vazios assemelhava-se a chamas prestes a consumir tudo ao redor.

O espaço ao redor da entidade começou a se mover, como se sua mera presença tivesse o poder de remodelar a realidade. Com um único movimento de sua mão, ela ergueu uma barreira enorme — um círculo de energia que se expandiu por quilômetros dentro do vazio. Em poucos instantes, Bryan sentiu que esse novo espaço estava isolado do resto do vazio; era como se o ser gigante tivesse moldado a própria realidade.

Uma voz ancestral, profunda como um trovão ecoando por milhares de quilômetros, preencheu tudo. Bryan sentiu o som vibrar dentro de sua própria essência, fazendo cada partícula de sua nova forma — o que quer que fosse agora — tremer. A voz ressoava como um murmúrio, mas inundava cada canto do espaço:

"Você deseja poder?"

Mesmo sem um corpo físico, Bryan percebeu que podia "falar" mentalmente. Ainda havia um traço de sua antiga determinação, aquela sede de vingança que o consumia e que definira seu momento de morte. Com uma onda de determinação, ele gritou mentalmente:

"Poder! Dê-me grande poder! Poder forte o suficiente para aniquilar minha antiga organização, a Trindade!"

O gigante ergueu a cabeça, fitando Bryan como se estivesse espiando além de sua alma. Sem mover a boca, sua fala soou clara e cortante:

"Você não está mais no seu mundo anterior. Sua alma não pertence mais àquele lugar. Mesmo que eu lhe conceda o poder que busca, você não poderá retornar para se vingar."

Aquelas palavras perfuraram Bryan como flechas envenenadas. Ele sentiu uma fúria quase primitiva crescer dentro de si. Não posso voltar? Então, de que adianta todo o ódio que ainda sinto por Byron e pela Trindade? Antes que ele pudesse expressar qualquer pensamento, a entidade continuou, como se percebesse sua hesitação.

"Posso ler seus pensamentos. Você está no limbo — ou, mais precisamente, no vazio. Sua alma não pertence mais ao mundo que você conhecia. Mesmo assim, posso lhe oferecer uma chance de se fortalecer. A questão permanece: que preço você está disposto a pagar?"

Bryan hesitou. Um milhão de dúvidas giravam em sua mente, mas ele se forçou a se concentrar. Se eu não posso retornar, qual o sentido do poder? No entanto, o desejo por força era inegável; ele não suportava a ideia de permanecer insignificante. Por fim, perguntou cautelosamente:

"Então, o que posso ganhar? O que posso pagar? O que você pode me dar?"

O ser colossal emitiu um som que poderia ter sido uma risada abafada, embora se assemelhasse mais ao ranger de ossos. Então, respondeu friamente:

Para atingir o mais alto nível de perícia nas artes da espada, você deve renunciar completamente à sua alma. Você nunca mais sentirá amor ou amizade e viverá em solidão até o fim dos seus dias. Você não poderá procriar, ter descendentes ou experimentar qualquer emoção positiva. A fúria e as emoções negativas o consumirão. Com isso, você poderá se tornar extraordinariamente poderoso. Se recusar esta barganha, posso torturar sua alma aqui e aprisioná-la para sempre.

O coração de Bryan — ou o que restava dele — congelou diante daqueles termos cruéis. A ameaça do ser parecia real. Ele foi tomado por um medo indescritível, como se estivesse diante de um abismo sem fim. No entanto, lembrava-se de tudo o que havia perdido: nunca tivera família ou amigos de verdade, exceto seu mentor, que lhe cravara uma lâmina no peito. Que valor tinham as emoções ou as conexões pessoais agora, se nunca lhe trouxeram paz?

Um sorriso amargo e trêmulo se formou em sua mente. Era como se estivesse rindo de si mesmo. Ele havia morrido, traído e abandonado. Então, que diferença faria abrir mão de algo que ele nunca conhecera de verdade? Com ​​uma risada insana, ele gritou mentalmente:

"Eu aceito! Não poderia ser melhor! Já perdi tudo. Amigos, família... Nunca tive nada disso. Até a única pessoa que eu considerava família me esfaqueou. Que escolha eu tenho?"

O ser no trono inclinou a cabeça, parecendo ligeiramente satisfeito. Então sua voz assumiu um tom sibilante:

"Muito bem. Antes de selarmos o pacto, saiba meu nome, se for importante para você: Aldritch, Rei dos Mortos, deus da carnificina e da matança. Espero que você cresça o suficiente para não perecer miseravelmente."

Ao ouvir aquele nome, Bryan sentiu algo se contorcer dentro de si. Aldritch. Foi como se uma chama púrpura queimasse seu espírito. Então, tudo escureceu. Ele se sentiu puxado para baixo, como se um vórtice o arrastasse para as profundezas de um oceano feito de sombras. Um zumbido agudo perfurou sua consciência, e a dor retornou, pulsando e dilacerando cada pensamento.

No momento seguinte, um redemoinho de luz púrpura envolveu Bryan. Era como renascer, mas não como humano. Seu espírito foi lançado através de um túnel de códigos e símbolos arcanos que dançavam ao seu redor como estrelas em colapso. Ele sentia o próprio corpo — ou o que restava dele — ser reconfigurado em tempo real, como se estivesse sendo desconstruído e reconstruído em um nível molecular, espiritual e existencial ao mesmo tempo.

Sons metálicos ecoavam, semelhantes a engrenagens ancestrais girando lentamente. Bryan tentava processar a dimensão de tudo aquilo. "Isso não é um sonho... É um ritual. Um rito de passagem." Quando a queda finalmente cessou, ele aterrissou suavemente no centro de uma vasta sala suspensa no vazio. A gravidade parecia funcionar ali por pura vontade. Estruturas geométricas gigantescas flutuavam ao redor, formando padrões que se reorganizavam constantemente, como se o próprio espaço estivesse vivo.

No momento seguinte ao pacto, um redemoinho de luz púrpura envolveu Bryan, e seu espírito foi lançado por um túnel de códigos ancestrais e símbolos arcanos girando como estrelas em colapso. Não era apenas uma travessia dimensional, mas uma desconstrução completa de tudo que ele foi — carne, alma e identidade — para ser refeito em algo novo, perigoso e inumano. Ao redor, engrenagens colossais ressoavam como sinos funerários, enquanto ele atravessava camadas de realidade, como se rasgasse o próprio tecido do universo.

O impacto final foi sutil, silencioso, quase respeitoso. Bryan se encontrou de pé no centro de uma sala infinita suspensa no vazio, onde estruturas geométricas flutuavam e se reorganizavam como pensamentos vivos. A gravidade ali não obedecia regras naturais — era controlada por algo maior, algo que observava. O chão pulsava sob seus pés com energia azul incandescente, formando circuitos místicos como se a realidade tivesse sido costurada por deuses programadores. O ambiente respirava. E ele sentia que era observado, não por olhos, mas por uma consciência onipresente.

[MENSAGEM DO SISTEMA]

"Seja bem-vindo à Torre de Nyxar, viajante. Sessenta andares se erguem à sua frente. Cada andar é um desafio. Cada teste, um convite ao abismo. Enfrente criaturas além da razão — goblins , dragões insanos, demônios famintos, anjos que esqueceram a luz, horrores que rastejam no escuro Suba. Evolua. Ou seja esquecido para sempre."

Bryan inspirou fundo. O ar ali não era ar — era algo entre energia e lembrança. Ele não sentia medo. Apenas uma serenidade cortante.

[SELECIONE SUA CLASSE]

Cinco selos de luz emergiram do solo. Cada um girava lentamente e exalava uma aura distinta.

Assassino: Lâminas cruzadas envoltas em névoa. Furtividade. Letalidade. Silêncio absoluto.

Mago: Um olho flamejante dentro de um pentagrama flutuante. Destruição. Manipulação. Conhecimento proibido.

Arqueiro: Um arco que parecia cantar com o vento. Precisão. Mobilidade. Alcance fatal.

Berserk: Um machado sangrento cravado em pedra rachada. Força. Selvageria. Resistência sobre-humana.

Healer: Um círculo de luz em constante renovação. Cura. Suporte. Sobrevivência coletiva.

Bryan encarou cada opção, mas sua decisão já estava tomada antes mesmo de olhar. Ele tocou o selo do Assassino.

No mesmo instante, uma sombra quente envolveu seu corpo e mente. Técnicas esquecidas, reflexos instintivos, anatomias expostas em mapas mentais, tudo retornou como um segundo fôlego. Era como se uma parte dele, adormecida, despertasse faminta.

[ESCOLHA SUA RAÇA]

Cinco esferas translúcidas giravam ao redor de sua cabeça, cada uma com um brilho próprio.

Humano: Crescimento linear, sem vantagens nem fraquezas.

Anão: Ossos densos, braços como martelos, mestria com armamento pesado e forja.

Elfo: Olhos aguçados, reflexos sobre-humanos, destreza silenciosa.

Elfo Negro: Invisibilidade parcial, assassinos natos das florestas.

Asura: Entidades demoníacas. Canibalismo espiritual. Fome eterna. Poder instável e aterrador.

com sorriso sorriso frio sem som ao ver a esfera púrpura dos Asura. "Eu sempre fui um faminto. Só faltava aceitar."

Ao tocá-la, uma explosão de ecos ancestrais percorreu a sala. Agora, Bryan carregava em si o fardo e o poder da raça maldita. A fome seria sua companheira. Canibalizar seria necessário. Negligenciar essa fome, uma sentença de loucura.

[PERSONALIZAÇÃO DE AVATAR]

O painel surgiu como uma constelação se alinhando. Ele podia ajustar tudo: altura, volume muscular, proporções faciais, textura da pele, formato dos dentes, até mesmo o brilho nos olhos e o tom da voz.

Ele moldou a si mesmo com precisão de escultor. Altura: 1,90m. Físico: definido, atlético, com gordura corporal quase nula. Rosto: caucasiano, nariz grego retilíneo, mandíbula ampla, queixo sólido, sobrancelhas retas e marcantes. Pele: alva com reflexos púrpura. Cabelos: longos, brancos, com fios ligeiramente ondulados. Olhos: âmbar, com pupilas verticais. Chifres: curvados para trás como lâminas negras.

Não era mais um homem. Era o reflexo vivo de uma lenda esquecida — e isso o satisfazia.

[ESCOLHA SUA ARMA PRINCIPAL]

Pedestais subiram do chão. Sobre eles, relíquias. Espadas, lanças, arcos, cajados — armas forjadas com essência de monstros mortos.

Bryan se aproximou das espadas gêmeas. Eram curvas, negras, pulsavam com energia sombria, como se sussurrassem ordens. Ele as empunhou. Elas aceitaram.

[ARMA SECUNDÁRIA]

Uma caixa se abriu silenciosamente, revelando adagas de arremesso forjadas em obsidiana viva. Leves, afiadas, equilibradas como promessas.

[KIT INICIAL: ASSASSINO BÁSICO]

O traje surgiu do chão e o vestiu como fumaça.

Manto negro com placas de obsidiana nas articulações.

Capuz adaptável à luz e sombra.

Botas de sola macia, que abafavam até pensamentos.

Coldres ocultos para as adagas, embutidos no tecido.

[BÔNUS PASSIVOS] +10% em furtividade. +5% chance de acerto crítico. +1% de roubo de vida a cada golpe bem-sucedido.

Ao equipar-se, Bryan sentiu as roupas se adaptarem ao seu corpo com perfeição assustadora. Era como se tivessem sido feitas sob medida para ele antes mesmo de sua morte.

— Agora sim… — murmurou, olhando suas mãos envoltas em couro escuro.

[TESTE DE INICIAÇÃO EM 3... 2... 1...]

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